O ministério pastoral
é ao mesmo tempo um privilégio e um desafio. Um privilégio por podermos ser vasos
na mão de Deus mesmo sendo tão falhos. Um privilégio por sabermos que quem faz
a obra por meio de nós é o próprio Deus. Algo que é simplesmente sensacional,
pois o que parece é que nossas limitações são anuladas, nossas fraquezas revitalizadas
e nossos defeitos transformados em qualidades. Não que nos tornemos perfeitos,
mas o agir de Deus é tão perfeito que o que nos veem fazer, na verdade é Deus
fazendo por meio de nós. Ele nos usa como seus instrumentos simplesmente por
dizermos em resposta ao seu chamado: “Eis-me aqui Senhor, envia-me a mim”.
Mas também é
um desafio, aliás, utilizando-me de um nome de um projeto missionário existente
no Piauí: O ministério pastoral é um DESAFIO RADICAL. Um desafio, pois em
primeiro lugar o nosso EU precisa ser deixado de lado para que Deus possa
superabundar em nós. Um desafio por que
no ministério lidamos diretamente com
pessoas, e estas de todos os tipos. Pessoas boas e ruins, alegres e tristes,
sinceras e falsas, pessoas sonsas e verdadeiras. Crentes de verdade e crente
falsos. Não é fácil. E ser pastor exige que amemos a todos sem acepção, pois
todos são alvos de Cristo Jesus para salvação, e o bom pastor deve "dar a vida por suas ovelhas" independente de que tipo de ovelha seja ela. O ministério pastoral é também
um desafio por que muitos dos nossos liderados não compreendem que somos um
instrumento de Deus para guia-los em pastos bons, e não empregados da igreja
que tem que ouvir calado tudo o quiserem nos dizer. Que tem que passar a mão na
cabeça e alisar o pecado do outro, pois não querem muitas vezes ouvir a verdade
da palavra de DEUS.
Ser pastor não
é fácil. Pois temos uma personalidade própria que nem sempre é aceita. Um jeito
de ser, de falar, de agir que muitas vezes é exigido de nós, mesmo que
indiretamente, que seja deixado de lado para se encaixar no padrão social ou
cultural exigido pelo rebanho, ou pelo meio.
No entanto, o
que me alegra é saber que o nosso chefe é DEUS, a palavra a ser falada é dEle e
não nossa. O jeito de proceder, as decisões a serem tomadas o direcionamento a
ser dado vem dEle e não de nós mesmos. Precisamos ser ousados e corajosos. Seguir
o que ensina Paulo a Timóteo, na segunda carta, Capítulo 2, Precisamos estar fortificados na graça que há em Cristo Jesus.
E no capítulo um versículo 7, Pois Deus
não nos deu um Espírito de covardia, mas de poder de amor e de moderação. É
com este espírito que venceremos todos os desafios que nos são propostos.
Mas uma coisa
não pode deixar de ser dita: É muito gratificante ser um ministro do evangelho.
É gratificante vermos pessoas sendo salvas, restauradas, transformadas pela
ação do evangelho em suas vidas. É gratificante ver uma família sendo
reestruturada. É gratificante ver pessoas, mesmo que poucas, que compreendem
quem é de fato o seu pastor, que compreendem suas fraquezas e limitações, pois
sabem que ele também é um ser humano como todos os outros o são. É gratificante
podermos ver crianças encontrando o verdadeiro caminho a ser seguido. É gratificante
sabermos que mesmo em meio a tantos seres humanos Deus escolheu a nós,simples
e falhos como somos para trabalharmos no crescimento do seu Reino e levarmos
sua palavra que é viva e eficaz.
A única coisa
que peço a Deus é que me fortaleça cada vez mais nesta obra tão desafiadora mas
ao mesmo tempo tão gratificante. O que nos consola é saber que QUEM FAZ A OBRA NÃO
SOMOS NÓS, MAS O NOSSO DEUS POR MEIO DE NÓS.
Que Deus continue nos usando em sua obra! Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário