sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O ministério pastoral: Seus desafios e privilégios.



O ministério pastoral é ao mesmo tempo um privilégio e um desafio. Um privilégio por podermos ser vasos na mão de Deus mesmo sendo tão falhos. Um privilégio por sabermos que quem faz a obra por meio de nós é o próprio Deus. Algo que é simplesmente sensacional, pois o que parece é que nossas limitações são anuladas, nossas fraquezas revitalizadas e nossos defeitos transformados em qualidades. Não que nos tornemos perfeitos, mas o agir de Deus é tão perfeito que o que nos veem fazer, na verdade é Deus fazendo por meio de nós. Ele nos usa como seus instrumentos simplesmente por dizermos em resposta ao seu chamado: “Eis-me aqui Senhor, envia-me a mim”.
Mas também é um desafio, aliás, utilizando-me de um nome de um projeto missionário existente no Piauí: O ministério pastoral é um DESAFIO RADICAL. Um desafio, pois em primeiro lugar o nosso EU precisa ser deixado de lado para que Deus possa superabundar em nós. Um desafio por que
no ministério lidamos diretamente com pessoas, e estas de todos os tipos. Pessoas boas e ruins, alegres e tristes, sinceras e falsas, pessoas sonsas e verdadeiras. Crentes de verdade e crente falsos. Não é fácil. E ser pastor exige que amemos a todos sem acepção, pois todos são alvos de Cristo Jesus para salvação, e o bom pastor deve "dar a vida por suas ovelhas" independente de que tipo de ovelha seja ela. O ministério pastoral é também um desafio por que muitos dos nossos liderados não compreendem que somos um instrumento de Deus para guia-los em pastos bons, e não empregados da igreja que tem que ouvir calado tudo o quiserem nos dizer. Que tem que passar a mão na cabeça e alisar o pecado do outro, pois não querem muitas vezes ouvir a verdade da palavra de DEUS.
Ser pastor não é fácil. Pois temos uma personalidade própria que nem sempre é aceita. Um jeito de ser, de falar, de agir que muitas vezes é exigido de nós, mesmo que indiretamente, que seja deixado de lado para se encaixar no padrão social ou cultural exigido pelo rebanho, ou pelo meio.
No entanto, o que me alegra é saber que o nosso chefe é DEUS, a palavra a ser falada é dEle e não nossa. O jeito de proceder, as decisões a serem tomadas o direcionamento a ser dado vem dEle e não de nós mesmos. Precisamos ser ousados e corajosos. Seguir o que ensina Paulo a Timóteo, na segunda carta, Capítulo 2, Precisamos estar fortificados na graça que há em Cristo Jesus. E no capítulo um versículo 7, Pois Deus não nos deu um Espírito de covardia, mas de poder de amor e de moderação. É com este espírito que venceremos todos os desafios que nos são propostos.
Mas uma coisa não pode deixar de ser dita: É muito gratificante ser um ministro do evangelho. É gratificante vermos pessoas sendo salvas, restauradas, transformadas pela ação do evangelho em suas vidas. É gratificante ver uma família sendo reestruturada. É gratificante ver pessoas, mesmo que poucas, que compreendem quem é de fato o seu pastor, que compreendem suas fraquezas e limitações, pois sabem que ele também é um ser humano como todos os outros o são. É gratificante podermos ver crianças encontrando o verdadeiro caminho a ser seguido. É gratificante sabermos que mesmo em meio a tantos seres humanos Deus escolheu a nós,simples e falhos como somos para trabalharmos no crescimento do seu Reino e levarmos sua palavra que é viva e eficaz.
A única coisa que peço a Deus é que me fortaleça cada vez mais nesta obra tão desafiadora mas ao mesmo tempo tão gratificante. O que nos consola é saber que QUEM FAZ A OBRA NÃO SOMOS NÓS, MAS O NOSSO DEUS POR MEIO DE NÓS.
Que Deus continue nos usando em sua obra! Amém.

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